O filme Longlegs, estrelado por Maika Monroe como uma agente do FBI na caçada ao serial killer, interpretado por Nicolas Cage, tornou-se o filme independente de maior bilheteria do ano de 2024. Entre os extras das edições recentemente lançadas, destaca-se o comentário em áudio e instigante do roteirista e diretor Osgood Perkins.

Aqui estão nove curiosidades reveladas nesse comentário:

1. Perkins considera Longlegs um “filme de horror pop”

Osgood Perkins descreve Longlegs como um “filme de horror pop”, destacando que a produção está consciente de sua identidade dentro do gênero.

“É um filme de horror que sabe que é um filme de horror”, explica.

A sequência de créditos iniciais, com grandes quadrados vermelhos, evoca uma estética pop inspirada por artistas como Josef Albers e Andy Warhol, criando uma introdução icônica que homenageia o gênero.

2. O filme intencionalmente se inspira em O Silêncio dos Inocentes

Perkins admite que usou elementos familiares de O Silêncio dos Inocentes (1991) para criar uma falsa sensação de familiaridade antes de introduzir o lado ocultista da trama.

“Não escondemos as semelhanças com O Silêncio dos Inocentes, usamos como porta de entrada para algo muito mais não convencional.”

Essa escolha reflete o tom intencionalmente “pop” do filme.

3. Outras influências incluem Seven e Calafrios

Além de O Silêncio dos Inocentes (1991), Perkins cita referências a Seven: Os Sete Crimes Capitais (1995) e ao clássico de David Cronenberg, Calafrios (1975).

Ele defende que “não há vergonha em emprestar ou fazer referência” e que, desde que se escolha boas influências, essas inspirações enriquecem o trabalho.

Pequenos detalhes, como o casaco vermelho da jovem Lee Harker, são homenagens diretas a esses filmes icônicos.

4. A neve na cena de abertura foi obra do acaso

A impressionante cena de abertura, com paisagens cobertas de neve, não estava nos planos originais. A neve caiu inesperadamente na única noite antes das filmagens com Nicolas Cage, proporcionando um visual perfeito para a sequência. Detalhes adicionais, como a remoção de pegadas na neve via efeitos visuais, garantiram a estética impecável.

5. A trilha sonora traz a marca de T. Rex

A banda inglesa T. Rex tem presença marcante no filme, desde o título de abertura, com uma citação da música “Bang a Gong (Get It On)”, até várias inserções ao longo da trama. Perkins revelou que descobriu T. Rex enquanto escrevia o roteiro, e a música tornou-se parte fundamental do processo criativo. Curiosamente, Nicolas Cage também era fã da banda, criando uma conexão inesperada entre diretor e ator.

6. Osgood Perkins faz uma participação especial

Antes de dirigir, Perkins atuou em filmes como Psicose II e Legalmente Loira. Em Longlegs, ele aparece brevemente como um guru de um culto espacial em uma filmagem VHS exibida na TV do quarto de Ruth Harker. A cena foi gravada de forma improvisada durante a pré-produção.

7. Longlegs envolveu toda a família Perkins

A filha do diretor, Beatrix Perkins, interpreta uma jovem atendente de loja de ferragens que enfrenta Longlegs. Outros membros da família também contri buíram: Elvis Perkins, irmão do diretor, compôs a trilha sonora sob o pseudônimo Zilgi, enquanto a esposa de Perkins, Melody Carrillo, contribuiu com uma música para o filme. Até mesmo desenhos de seu filho de 3 anos aparecem no quarto de infância de Lee.

8. A ambientação foi alterada para evitar George Bush

Originalmente ambientado em 1992, o filme foi ajustado para 1993 para incluir um retrato de Bill Clinton no escritório do agente Carter, evitando a necessidade de mostrar imagens de George H.W. Bush. Esse cuidado demonstra a atenção aos detalhes na construção do cenário.

9. Mais curiosidades

• O padrão de triângulos invertidos, central na narrativa, foi sugerido pelo produtor Dan Kagan e se tornou um dos elementos mais marcantes do filme.
• Brincos usados por Maika Monroe no primeiro dia de gravação foram removidos digitalmente.
• Perkins manteve o Crown Victoria de 1990 usado pelo agente Browning.
• A voz de Kiernan Shipka, como Carrie Anne Camera, foi modificada na pós-produção para soar mais aguda.
• Nicolas Cage é descrito como uma enciclopédia viva de cinema, com profundo respeito pelo trabalho de Monroe em Corrente do Mal (2014).

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